Thursday, March 12, 2009

Encontro-te sempre!



Com o olhar pousado no horizonte, como que a descansar, e os outros sentidos voltados para ti. Só para ti…
É difícil continuar. Dizias. Tenho um cansaço enorme dentro de mim, daqueles que chegam do infinito! Sabes? É um cansaço que corrói, que amarga e arrepia e dói. É um pouco difícil de explicar… mas julgo merecer que tentes!
E tento! Sabes que tento. E compreendo! Só não sei como...
Sinto-me atingida em cheio, trespassada por sagacidades, enigmas, memórias não muito distantes.
O que me é exigido está para lá das minhas forças… para lá do meu possível! É um estado, que me põe em estado de sítio! Este sentimento infernal que regressa sempre e me impede de encontrar o colo que me viu nascer!
Agora com o olhar em ti, sinto-te… Arrastas-te como uma sombra, solícita e vergada.
Mas não é tudo. Continuas. Evito a todo o momento deter-me por muito tempo no passado. Mas é lá que encontro consolo, é lá que matuto sobre tudo que a vida me dedicou e me afastou!
Gostara eu, dar-te as asas!
Posso visitar-te todos os dias? Perguntaste-me.
Um sorriso triste formou-se-me nos lábios, com ele abracei-te a memória… Os meus olhos demoraram-se no mar. (sabias bem que podias respirar ao meu lado o tempo que quisesses!)

1 comment:

Anonymous said...

Meu Deus como escreves bem... Muito bem! Tocas no que de mais intimo cada um guarda para si! Adoro-te. Não pares.

bjinhos