José Saramago lançou a sua mais recente obra, “Caim”, ontem à noite, no Museu do Município em Penafiel. Belíssimo museu, por acaso! A construção de “Caim”, segundo o autor, foi cimentada em alguns episódios do livro sagrado, intrigantes episódios para Saramago. “Há uns não sei quantos episódios que não se percebe bem por que se tornaram referencias culturais e filosóficas da civilização judaico-cristã”, disse Saramago.
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Eu, claro está, fiquei na primeira fila, perto de Pilar, sua mulher, e o mais perto possível do Prémio Nobel da literatura. E durante quase uma hora e meia, fiquei presa às palavras de Saramago. Às palavras, aos conceitos, aos movimentos, ao raciocínio e voei… como voou o tempo no serão de domingo à noite! Só acordei para o tempo quando ouvi “Hoje não vão haver autógrafos, mas assinarei e datarei todos os livros de todas as pessoas que aqui estão”. Nesse momento, dei inicio ao arquivo de algumas mensagens de Saramago, trouxe-as penduradas em mim, e, hoje aqui partilho, com quem as conseguir ouvir:
“O homem procura duas coisas durante a sua vida: a felicidade e a liberdade.”; “Pela primeira vez fui forçado - repito: forçado, não obrigado! -, a escrever páginas eróticas que nunca me tinha passado pela cabeça que alguma vez escreveria; é a pura luxúria daqueles dois (Caim e Lili)”; “Se a Bíblia está cheia de horrores e violências, carnificinas, como é que muitas pessoas simples de espírito aceitaram ter em casa um livro que deve estar cuidadosamente escondido das mãos de uma criança?”; “É por isso que eu costumo chamar à Bíblia um manual de maus costumes”; “Eu não tenho contas ajustar com Deus”; “O bem e o mal, está tudo na cabeça do homem”; “Não invento nada, permito-me pôr à vista o que está escondido por baixo e levanto uma pedra para que o leitor veja o que está por baixo”.
“A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós o entendemos a ele.”
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Eu, claro está, fiquei na primeira fila, perto de Pilar, sua mulher, e o mais perto possível do Prémio Nobel da literatura. E durante quase uma hora e meia, fiquei presa às palavras de Saramago. Às palavras, aos conceitos, aos movimentos, ao raciocínio e voei… como voou o tempo no serão de domingo à noite! Só acordei para o tempo quando ouvi “Hoje não vão haver autógrafos, mas assinarei e datarei todos os livros de todas as pessoas que aqui estão”. Nesse momento, dei inicio ao arquivo de algumas mensagens de Saramago, trouxe-as penduradas em mim, e, hoje aqui partilho, com quem as conseguir ouvir:
“O homem procura duas coisas durante a sua vida: a felicidade e a liberdade.”; “Pela primeira vez fui forçado - repito: forçado, não obrigado! -, a escrever páginas eróticas que nunca me tinha passado pela cabeça que alguma vez escreveria; é a pura luxúria daqueles dois (Caim e Lili)”; “Se a Bíblia está cheia de horrores e violências, carnificinas, como é que muitas pessoas simples de espírito aceitaram ter em casa um livro que deve estar cuidadosamente escondido das mãos de uma criança?”; “É por isso que eu costumo chamar à Bíblia um manual de maus costumes”; “Eu não tenho contas ajustar com Deus”; “O bem e o mal, está tudo na cabeça do homem”; “Não invento nada, permito-me pôr à vista o que está escondido por baixo e levanto uma pedra para que o leitor veja o que está por baixo”.
“A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós o entendemos a ele.”
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José Saramago, in “Caim”
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