O discurso foi vago.
Primeiro, José Sócrates defendeu que o mundo mudou numa semana, depois, que mudou em duas e, no final da entrevista, José Sócrates defendeu, que afinal, o mundo mudou em três semanas. Finalmente, perguntamos nós – que estivemos atentos às suas palavras –, senhor Primeiro-ministro em que é que ficamos? Ficámos com uma certeza, o senhor é que não muda mesmo!
O senhor repete-se permanentemente. E nós ficamos sem as respostas que precisamos, e que merecemos. Cabe-nos fazer os esforços possíveis e impossíveis, no sentido de pagar a divida e de recuperar o país. E o senhor não nos mobiliza! E precisa de nós! Como nós precisamos de um líder! De um verdadeiro líder, que se imponha pela competência, e não pela teimosia…
Clarifique-se senhor Primeiro-ministro!
Na entrevista que deu, ontem à noite no canal público português, com o objectivo de esclarecer os portugueses, constatei que só ao fim de mais de meia hora, desde o início da referida entrevista, é que se falou nas obras públicas! Atenção, meia hora depois! Ora, não será este um dos temas centrais desta controvérsia? Como é também, a redução da despesa pública. E perguntamos nós, onde será?
Acho que todos nós entendemos que se trata de uma crise grave, muito grave. Realmente grave! Mas sentimos que o senhor continua (como hei-de dizer…), desfasado, é isso! Desfasado da realidade! Em permanente dissonância!
O discurso teima em continuar vago!
(Olhe que nós não podemos esperar muito...)
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