Monday, December 29, 2008

Aos meus Amigos



Bons Amigos

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

Machado de Assis

Feliz Ano Novo aos meus amigos e a todos os que comigo vão partilhando alguns instantes, por este sítio aqui.



Sunday, December 28, 2008

Movimento UPA




MOVIMENTO UPA – UNIDOS PARA AJUDAR.
LEVANTA-TE CONTRA A DISCRIMINAÇÃO DAS DOENÇAS MENTAIS.

Em 2008, o Movimento UAP apresentou-se como o maior movimento de solidariedade em Portugal. Nasceu no final do ano 2006, quando a ENCONTRAR-SE – Associação de Apoio às Pessoas com Perturbações Mentais Graves –, resolveu juntar vários artistas numa campanha contra o estigma e discriminação deste tipo de doenças.
Vinte bandas de todos os quadrantes e géneros musicais portugueses, assumiram o desafio de todos os meses fazerem um dueto para uma canção sobre temas previamente propostos pela ENCONTRAR-SE, sob direcção musical de Zé Pedro Reis (guitarristas dos Xutos e Pontapés).
O pano de fundo de cada tema musical é alertar para a necessidade obrigatória da mudança. Mudança na forma como se encara o doente e a doença mental. Para isso, cada dueto avançou para cada canção com duas palavras: uma negativa e outra positiva. A negativa está associada aos aspectos preconceituosos, a positiva relacionada com informação construtiva.

Neste Natal, pelas mãos generosas da minha filha, chegou-me o Movimento UPA, seleccionei um dos temas que quero partilhar com todos os que me vêem e ouvem neste espaço. Aqui fica.



“Alguém me viu (mantém-te firme)”
Interpretes: Mariza + BossAC
Tema: Desespero/Esperança


Não me resta nada, sinto não ter forças para lutar
É como morrer de sede no meio do mar e afogar
Sinto-me isolado com tanta gente à minha volta
Vocês não ouvem o grito da minha revolta
Choro a rir, isto é mais forte do que pensei
Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei
Não sei do que fujo, a esperança pouca me resta
É triste ser tão novo e já achar que a vida não presta
As pernas tremem, o tempo passa, sinto cansaço
O vento sopra, ao espelho vejo fracasso
O dia amanhece, algo me diz para ter cuidado
Vagueio sem destino nem sei se estou acordado
O sorriso escasseia, hoje a tristeza é rainha
Não sei a alma existe mas sei que alguém feriu a minha
Às vezes penso se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que diz …

Chorei
Mas não sei se alguém me ouviu
E não sei quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo

Busquei
Nas palavras o conforto
Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo

Não há dia que não pergunte a Deus porque nasci
Eu não pedi, alguém me diga o que faço aqui
Se dependesse de mim teria ficado onde estava
Onde não pensava, não existia e não chorava
Sou prisioneiro de mim próprio, o meu pior inimigo
Às vezes penso que passo tempo demais comigo
Olho para os lados, não vejo ninguém para me ajudar
Um ombro para me apoiar, um sorriso para me animar
Quem sou eu? Para onde vou? Donde vim?
Alguém me diga porque me sinto assim
Sinto que a culpa é minha mas não sei bem porquê
Sinto lágrimas nos meus olhos mas ninguém as vê
Estou falto de mim, farto daquilo que sou, farto daquilo que penso
Mostrem-me a saída deste abismo imenso
Pergunto-me se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que diz …

Chorei
Mas não sei se alguém me ouviu
E não sei quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angustia que se
Esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo

Busquei
Nas palavras o conforto
Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo


Thursday, December 18, 2008

Feliz Natal



Os meus mais sinceros votos, neste Natal, para os meus amigos e visitantes são: saúde, paz, muito amor e tempo.
Ofereçam e recebam tempo!

Tempo para estar, conversar, ouvir, pensar e dedicar aos outros. E, tempo para dos outros receber o seu tempo, também!


Um abraço amigo,

cristina torres

Sunday, December 14, 2008

Francamente!

"Eu sei que a política – e a política de oposição – tem de continuar a ser feita todos os dias, com crise ou sem crise. Mas talvez eu esteja errado seja a cultura de oposição entre nós e a própria forma de fazer politica. Um estudo recentemente divulgado diz que só 28,5% dos eleitores portugueses estão satisfeitos com a democracia. O numero é, sem duvida chocante, mas deve ser visto no seu contexto e o contexto é a maneira de pensar do Zé Povinho. Os portugueses confundem a qualidade da democracia com varias outras coisas que não tem a ver com isso: a sua situação pessoal, a situação económica, a qualidade da representação politica. A democracia não governa necessariamente melhor nem pior do que a ditadura, nem resolve melhor ou pior os problemas pessoais de cada um ou a situação económica – embora haja vários estudos que comprovam que, em África, por exemplo, os países economicamente mais desenvolvidos são aqueles onde a democracia está mais implantada. Mas o que a democracia tem de diferente da ditadura é que os erros, a má governação, a corrupção, são publicamente expostos e livremente criticados e a todo o tempo pode-se punir politicamente os responsáveis e mudar o pessoal.
A qualidade do pessoal político e os seus usos e costumes é o que determina a qualidade da democracia – e esse é o segundo erro de análise política do português comum, quando interrogado em inquéritos destes. O português acha sempre que o país se divide entre ‘eles’ – os políticos – e ‘nós’, os eleitores. E que ‘nós’ somos infinitamente melhores, mais puros e mais honestos do que ‘eles’ – os quais, sem excepção, só vão para a política para se servirem e não para servirem o pais. O país comum, em auto-retrato, é um cidadão exemplar: trabalha que se desunha, nunca faz ronha nem mete falsas baixas, não aldraba o patrão nem os vizinhos, não esconde um euro dos impostos, preocupa-se com a comunidade, pensa sempre primeiro nos interesses do país antes de pensar nos seus próprios. Mas, desgraçadamente, é servido por políticos que são o oposto disto. Por isso, não está ‘satisfeito’ com a democracia.
Em retribuição, o grosso da classe política tem tanta consideração pelo povo quanto o povo tem por eles. A diferença é que não alimenta ilusões: sabe que representa o espelho fiel da nação, que, aliás, lhe cabe representar. O que é grave, no tal estudo, não é, pois, que menos de 30% dos eleitores se declaram satisfeitos com a democracia; é que só 60% dos deputados digam isso também. Grave não é que quase 40% dos deputados do PSD tenham faltado a uma votação em que poderiam ter chumbado a avaliação de professores, tal como defendida pelo Governo; grave é que os outros tenham votado de acordo com as ordens dos partido e apesar delas consistirem no oposto do que o partido sempre defendeu e defenderia se fosse governo hoje.
Quando, no centro de uma crise económica mundial sem precedentes, o que mais preocupa o maior partido da oposição é acusar o primeiro-ministro de não a ter previsto, de ser culpado dela em Portugal e de não ser suficientemente pessimista, apetece quase dizer, como diriam os 70% de portugueses insatisfeitos com esta democracia: quem tem uma oposição destas escusa de ir a votos."

Miguel Sousa Tavares, in Expresso 13 de Dezembro de 2008

Saturday, December 13, 2008

Há dias...


São cores que não chegam para acudir alguns dias!

Thursday, December 11, 2008

Parabéns filho



Parabéns filho, hoje o dia é teu!

Com carinho e admiração,

mãe

Saturday, December 6, 2008

As Esquinas do Tempo


Hoje, pelas 16,30, no Diana Bar, Rosa Lobato de Faria apresenta o livro "As Esquinas do Tempo", seguida de sessão de autógrafos.

Monday, December 1, 2008

Saramago no Brasil


José Saramago apresentou o seu novo romance, “A viagem do elefante”, em São Paulo, no Brasil, no mês de Novembro. Com a serenidade dos seus 86 anos e visivelmente bem disposto, mas frágil, foi recebido calorosamente por mais de mil pessoas. Saramago falou do livro, da doença e do amor pela sua mulher, Pilar del Río.


Se não tivesse conhecido
Pilar, teria morrido, com certeza, muito mais velho!

José Saramago