Saturday, November 19, 2011

Um corpo doido de medo

Sentes agora? Sentes essa força estranha que te impede de pensar mais e mais longe, e até, mais perto de nós? Sentes essa sede? Essa vontade desgovernada? Profunda urgência - digo-te eu!

Lembrei-me agora, há muito tempo que gostava de deixar entrar aquela luz, aquele tempero constante e ameno, nas palavras que, tão delicada e teimosamente pousávamos na cama. Uma e outra, e mais outra ainda, e depois tantas. Muitas mesmo. Palavras que construímos com as nossas bocas, com as nossas mãos e até com os olhares que fomos guardando em nós! Tenho-lhes saudades! Tantas!

Fecho os olhos e sinto essa força encorpada, um desconsolo crescente que nos corta! Sinto essa força – de que falo tantas vezes – mas agora encerrada de medo, num corpo doido de tanto silêncio! Talvez seja um desengano o que sinto... o tempo que não chega lá, onde fomos tantas vezes…


Sunday, November 13, 2011

É o mais urgente!

Coimbra

Tenho-lhe saudades… é um paladar que perdura!

Tenho-lhe tantas! Todas!



Saturday, November 5, 2011

És a minha voz?

És a minha voz? Perguntei. Andavam às voltas com uma conversa inconsequente, daquelas que vai a nenhures. Por isso insisti: És a minha voz? Era uma voz dorida, despida e em silencio. Era uma voz sem forma, sem imagem, mas mesmo assim, uma voz. És a minha voz? Continuei. Mas aos poucos, a voz foi-se encerrando num lugar distante, num tempo desviado de agora e de nós.

És a voz do beijo que ficou por dizer. Respondes-te por último.


Quem ama...



"Porque quem ama tem medo de perder..."

Pedro Abrunhosa

Novembro

Por ser Novembro...