Sunday, July 22, 2012

José Hermano Saraiva


“José Hermano Saraiva morreu nesta sexta-feira, aos 92 anos. Começou a carreira como professor, foi advogado e depois político. Durante o Estado Novo foi deputado, procurador à Câmara Corporativa, ministro da Educação e embaixador. Após o 25 de Abril, tornou-se num conhecido divulgador da História de Portugal, sobretudo através de programas televisivos.” In Público, on line.

E, é ao Historiador que dedico a minha homenagem. Tratou-se de um homem que recuperou a nossa história, que a reconstruiu vezes sem conta. Que a levou a todos os homens e mulheres, que a popularizou e, em alguns casos, a recuperou com a ternura que lhe era característica!

José Hermano Saraiva tinha, como aliás lhe era reconhecida, uma forma única e exemplar de contar e trazer ao palco actual, a nossa memória! Uma memória carregada de emoções num País que pulsa e que vive! E, um País sem história não almeja futuro algum! José Hermano Saraiva engrandeceu a nossa história, e foi mais longe ainda – na minha opinião -, entrou na alma de Portugal e soube entregar significado a palavra pátria!

É com comoção, que me curvo perante o seu legado!

Saturday, July 7, 2012

Sabias?


Há saudades que me fazem reinventar memórias num outro tempo e fazer de novo a história!
Pressentes-me?

Tuesday, July 3, 2012

Horário do Fim!

Horário do Fim

Morre-se nada
quando chega a vez

é só um solavanco
na estrada por onde já não andamos

morre-se tudo
quando não é o justo momento

e não é nunca
esse momento.

Mia Couto

Sunday, July 1, 2012

Hei-de fingir...


Hei-de fingir que não escrevi: o lugar das coisas é perto do fim!

Mãe


Mãe:

Que desgraça na vida aconteceu,

Que ficaste insensível e gelada?

Que todo o teu perfil se endureceu

Numa linha severa e desenhada?



Como as estátuas, que são gente nossa

Cansada de palavras e ternura,

Assim tu me pareces no teu leito.

Presença cinzelada em pedra dura,

Que não tem coração dentro do peito.



Chamo aos gritos por ti — não me respondes.

Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.

Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes

Por detrás do terror deste vazio.



Mãe:

Abre os olhos ao menos, diz que sim!

Diz que me vês ainda, que me queres.

Que és a eterna mulher entre as mulheres.

Que nem a morte te afastou de mim!


Miguel Torga