Tuesday, August 26, 2008

Friday, August 22, 2008

Nélson Évora



Nélson Évora, o atleta de ouro, conduziu, hoje, os portugueses ao degrau mais alto do pódio.
(Ah! As flores que recebeu, ofereceu-as à mãe!)


PARABÉNS!

Tuesday, August 19, 2008

Pequim, tudo muito fora do anormal. Ou não?


"Nós preparamos os atletas desportivamente, mas culturalmente não, a educação não é connosco. É para o povo português. Todos temos de ter educação, olhar para a bandeira e saber que temos o povo português todo atrás de nós. Não podemos esquecer isso e não devemos defraudá-lo. Exijo apenas profissionalismo e brio para prestigiar Portugal", palavras de Vicente Moura, hoje, em Pequim.
.

Agosto, 19, 2008 in Jornal de Notícias on line (13h14m)

Finalmente Pequim!




"Vou aproveitar para reflectir no que fiz e depois recomeçarei a treinar. Isto foi apenas a primeira etapa".

"Na vida, às vezes as coisas não correm bem, mas se acreditarmos em nós e nas pessoas que estão à nossa volta, é possível atingir os objectivos".

"Agora quero é chegar a casa, ficar sozinha e desaparecer por algum tempo. Não quero ser o centro das atenções porque não tenho feitio para isso. Gosto de conseguir as coisas, mas passar ao lado da confusão".
.
Agosto, 19, 2008 in Jornal de Notícias on line (00h30m)
.
A felicidade da Vanessa é a nossa!
E as suas palavras são nossas também!

Adocicado




É um cheiro adocicado, este! Levemente a limão.
É um sorriso rasgado e um humor que, sinceramente, me sabem bem…
Esta noite... fico contigo!

Saturday, August 16, 2008

Férias


...mas visito-te todos os dias!

Saturday, August 9, 2008

Encontro-te todos os dias


Dizem que o amor está em todo o lado. Confirmo. Tropeço nele, e
encontro-o no tempo, nos lugares…
nos momentos que damos aos outros, nos gestos, nos sonhos,
no ar ... e até nos odores presos às palavras que são nossas!
Não soubeste ou não quiseste esta forma autêntica de amar, a
que faz as pessoas ficarem juntas no pensamento e no ar…
Será que ainda posso ter aquela mulher?
Será que alguém ma trás de volta?

Friday, August 8, 2008

na hora de pôr a mesa, éramos cinco


na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva, cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.

José Luis Peixoto, in "a criança em ruínas"

Monday, August 4, 2008

Aleksandr Solzhenitsyn




Solzhenitsyn nasceu em Kislovodsk (Rússia) a 11 de Dezembro de 1918 e faleceu, ontem, dia 3 de Agosto de 2008 na sua casa, em Moscovo. Foi Prémio Nobel da Literatura em 1970 e ficou eternizado com a obra “O Arquipélago de Gulag”, publicada a 23 de Dezembro de 1973.

Em 1945, enquanto capitão e ao serviço do Exército Soviético na Segunda Guerra Mundial, ousou criticar Estaline – através de uma carta que escreveu a um familiar ou amigo –, foi preso e condenado a 8 anos de trabalhos forçados, seguidos de exílio perpétuo. A primeira parte da pena cumpriu-a em campos de trabalho do sistema prisional soviético, destinados a criminosos e presos políticos da União Soviética – “Gulag”. Em 1953, Solzhenitsyn iniciou a segunda parte da pena, o exílio, no sul do Cazaquistão.

"Gulag" funcionou de 1918 a 1956 e tornou-se num símbolo da repressão da ditadura de Estaline. Estes campos tinham por propósito silenciar e torturar opositores ao regime e estima-se que nestes campos tenham morrido cerca de 50 milhões de pessoas.

Solzhenitsyn denunciou a violenta opressão que se vivia na União Soviética, exemplos disso são as suas obras “O Primeiro Círculo” e “Um dia na Vida de Ivan Denisovich”, mas foi através de “O Arquipélago de Gulag” que, Solzhenitsyn tornou visível ao revelar ao mundo – incluindo a própria União Soviética –, as atrocidades e selvajarias ali aplicadas.

Denunciando, Solzhenitsyn deu a conhecer ao mundo o sistema soviético e, desta forma, concorreu também para o seu fim. As suas palavras ficam, como fica também a sua coragem, bravura e perseverança.


Friday, August 1, 2008

o homem que está...


a morrer da escrita


“Enterneço-me mais com a perdição das mulheres do que com as dos homens. As mulheres sobrevivem muito mais, lutam muito mais, resistem muito mais. Mas se tiverem de morrer fazem-no sem tanta hesitação. Isso fascina-me, seduz-me e enternece-me.”

“Cresci muito calado. O que me entretinha eram as conversas dos outros. Fui guardando personagens dentro da minha cabeça, tonalidades. Aquilo que mais me impressiona tem que ver com as pessoas simples, que aparentemente parecem menos dotadas para a luta da vida e que vistas de perto são as mais resistentes.”

“Tenho uma concepção estranha da morte; acho que é a nossa grande oportunidade. Se não for a morte que nos leva a algum lugar absolutamente incrível, não vai ser rigorosamente mais nada.”

“Tenho esse fascínio de saber o que acontece no momento em que desliga a máquina. Dia sim, dia não acredito na vida depois da morte. Não consigo escapar à ponderação desse momento.”

“Quando a minha mãe soube que eu fugia da escola convenceu-me ao dizer que se fosse à escola ia aprender a guardar as coisas dentro da cabeça. Em vez de lhe perguntar o significado das palavras, aprendia a escrever, guardava tudo e a folha de papel era como uma caixinha. Era como se a minha cabeça entornasse coisas para dentro de uma caixinha. Quis ir à escola aprender aquela magia. Ali comecei a coleccionar as minhas primeiras palavras. A ter com a escrita e com o texto uma relação fantasista em que a realidade era composta por coisas que nem toda a gente vê. Cada um tem que procurar as suas invisibilidades.”

“A dada altura percebi que as minúsculas ligam o texto, aceleram-no, precipitam o leitor. As vírgulas ficam menos virguladas e os pontos menos pontuados. Então as pausas tendem a ser mais breves. Há uma aceleração que se junta a uma certa urgência da história. O leitor fica sem travões.”

“A hipótese de fantasiar ainda mais a minha vida foi-me permitida pela prosa.”


valter hugo mãe, Jornal Público, Agosto.01.2008