Friday, November 27, 2009
Agarra-me esta noite
Onde estiveres, eu estou
Onde tu fores, eu vou
Se tu quiseres assim
Meu corpo é o teu mundo
E um beijo um segundo
És parte de mim
Para onde olhares, eu corro
Se me faltares, eu morro
Quando vieres, distante
Soltam-se amarras
E tocam guitarras
Por ti, como dantes
Agarra-me esta noite
Sente o tempo que eu perdi
Agarra-me esta noite
Que amanhã não estou aqui
Agarra-me esta noite
Sente o tempo que eu perdi
Agarra-me esta noite
Que amanhã não estou aqui.
Pedro Abrunhosa
Thursday, November 26, 2009
Sem pressa!
Sunday, November 22, 2009
A lei não é dura, mas é confusa
Aprendemos todos a máxima latina dura lex, sed lex (a lei é dura, mas é a lei). Porém em Portugal, a frase deveria ser reformulada. Porque a lei nem é dura para todos, nem clara, nem a maior parte das vezes lei.
A lei devia ser clara e compreensível para todos. Devia, mas não é. Em Portugal ninguém se entende e não sei se haverá país democrático onde o grau de incompreensão na Justiça vá tão longe como o nosso.
Juristas discutem se o presidente do Supremo tem ou não jurisdição para mandar destruir as escutas em que intervém o primeiro-ministro; peritos tentam, sem êxito, decifrar as enigmáticas palavras; gastam-se meninges para compreender o que cada interveniente quer dizer com frases indirectas que em nada se destinam ao esclarecimento de quem quer que seja.
Os próprios crimes têm nomes estranhos como “atentado ao Estado de Direito”, sendo que isto tanto pode ser matar o Presidente da República, como manipular um magistrado ou dar dinheiro a um amigo para comprar uma televisão, ou salvar um jornal falido. E as leis tão tortuosas, parecem propositadamente feitas para que jamais se entendam sem a adequada gritaria, o chinfrim.
O primeiro-ministro indigna-se e recusa-se a responder a qualquer pergunta, dizendo que não interfere na Justiça. Mas, duas horas depois, uns ministros dizem que aquele assunto do âmbito da Justiça, do qual a política deveria andar arredada é, afinal espionagem política, esperando que acreditemos que espionagem política se faz investigando um sucateiro (e agora me ocorre que, se calhar, o país ainda é pior do que suponha).
Os casos sucedem-se; apoiantes de Sócrates apresentam-no como um Cristo; Dias Loureiro é cristissimo; Armando vara é injustiçado; Oliveira e Costa, um desgraçado. E, claro, todos são inocentes até prova em contrario; e até haver prova todos são vítimas. No fim, no meio da confusão instalada, todos acabam absolvidos. Portugal não tem, afinal, um corrupto que se veja!
No dia-a-dia o país encolhe os ombros e já não distingue honesto de vigarista, homem honrado de videirinho. Paga assim o justo pelo pecador, e safa-se o pecador por justo.
Só há um consenso alargado entre políticos e magistrados. Um consenso que abarca quem está envolvido em escândalos e quem não está: a culpa é da violação do segredo de justiça.
De facto, sabemos que a Justiça não funciona e que a corrupção grassa porque nas redacções dos jornais se viola o segredo de Justiça! Se não se violasse, nada disto se saberia… Ora aí está um a conveniência!
E digo mais: basta ler os dois comunicados do PGR, e do presidente do Supremo Tribunal, para ficar elucidado… de absolutamente nada.
Mas, também, que raio temos a ver com o que se passa no país?
Henrique Monteiro, in Expresso de 21 de Novembro de 2009
Saturday, November 21, 2009
Friday, November 20, 2009
18 de Novembro (de um ano qualquer!)
(No dia do meu aniversário, escrevi-me nestas palavras)
Cheguei, após mais uma viagem. Com ou sem surpresas o mais importante é regressar. E regresso sempre (pelo menos por agora!)! Como regressam tantas outras pessoas... Se bem que para algumas, regressar a casa signifique, depois uma marcada ausência, experimentar o calor tranquilo da cidade. Para outras, é necessário rodar a chave da porta da rua e experimentar aquele som tão familiar e apaziguador. O odor único de casa, naquela temperatura perfeita, é para outras pessoas, o tão desejado regresso a casa. Sei ainda, de algumas pessoas que têm que cumprir uma boa noite de sono, naquela cama tão especial, a que chamamos nossa, para se sentirem, verdadeiramente, em casa. Para mim, chegar, significa sentir o silêncio e o aroma das horas pousarem suavemente nas memórias que construi, em mais um ano. Chegar a casa, é chegar todos os anos ao ponto de partida. É chegar a este dia!
(E saber-te por perto para me ouvires!)
Cheguei, após mais uma viagem. Com ou sem surpresas o mais importante é regressar. E regresso sempre (pelo menos por agora!)! Como regressam tantas outras pessoas... Se bem que para algumas, regressar a casa signifique, depois uma marcada ausência, experimentar o calor tranquilo da cidade. Para outras, é necessário rodar a chave da porta da rua e experimentar aquele som tão familiar e apaziguador. O odor único de casa, naquela temperatura perfeita, é para outras pessoas, o tão desejado regresso a casa. Sei ainda, de algumas pessoas que têm que cumprir uma boa noite de sono, naquela cama tão especial, a que chamamos nossa, para se sentirem, verdadeiramente, em casa. Para mim, chegar, significa sentir o silêncio e o aroma das horas pousarem suavemente nas memórias que construi, em mais um ano. Chegar a casa, é chegar todos os anos ao ponto de partida. É chegar a este dia!
(E saber-te por perto para me ouvires!)
Monday, November 16, 2009
Sunday, November 15, 2009
Thursday, November 12, 2009
Então cá vai...
Tuesday, November 10, 2009
O corpo não espera
O corpo não espera. Não. Por nós
ou pelo amor. Este pousar de mãos,
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada,
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos;
este pousar em que não estamos nós,
mas uma sede, uma memória, tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera; este pousar
que não conhece, nada vê, nem nada
ousa temer no seu temor agudo…
Tem tanta pressa o corpo! E já passou,
quando um de nós ou quando o amor chegou.
Jorge de Sena
Monday, November 9, 2009
Novembro sempre!
Monday, November 2, 2009
"Qu'est-ce qu'on va faire?"
Diabo no Corpo
Corpo!
Como um mapa sagrado
Em ti desenho o pecado
Escrevo no mundo
No meu corpo...
Com um toque divino
Faço da pele o destino
Sente nas mãos
Este meu corpo
Uma estátua ardente
E a cada toque teu...
Até a passarela devagar
Se vai abrir por ti
E toda a música que ouvires
Irá ser por existires
Sempre que digo:
Uhuuuuuuu!
Tenho o Diabo no Corpo
Uhuuuuuuu!
Tenho o Diabo no Corpo
Oh! Oh! Oh!...
Leva meu corpo
Por um momento eterno
Fazes-me a vida um inferno
Escondo um louco
No meu corpo
Um infinito prazer
Por isso:"Qu'est-ce qu'on va faire?".
Só tenho tempo
Pr'o o meu corpo
Como uma sombra inquieta
E nessa voz discreta...
Até a passarela devagar
Se vai abrir por ti
E toda a música que ouvires
Irá ser por existir
Sempre que digo:
Uhuuuuuu! Ah! Ah!
Tenho o Diabo no Corpo
Uhuuuuuu!
Tenho o Diabo no Corpo...
Uhuuuuuu!
Tenho o Diabo no Corpo
Uhuuuuuu!
Tenho o Diabo no Corpo
(Tenho o Diabo no Corpo!)...
Pedro Abrunhosa
Corpo!
Como um mapa sagrado
Em ti desenho o pecado
Escrevo no mundo
No meu corpo...
Com um toque divino
Faço da pele o destino
Sente nas mãos
Este meu corpo
Uma estátua ardente
E a cada toque teu...
Até a passarela devagar
Se vai abrir por ti
E toda a música que ouvires
Irá ser por existires
Sempre que digo:
Uhuuuuuuu!
Tenho o Diabo no Corpo
Uhuuuuuuu!
Tenho o Diabo no Corpo
Oh! Oh! Oh!...
Leva meu corpo
Por um momento eterno
Fazes-me a vida um inferno
Escondo um louco
No meu corpo
Um infinito prazer
Por isso:"Qu'est-ce qu'on va faire?".
Só tenho tempo
Pr'o o meu corpo
Como uma sombra inquieta
E nessa voz discreta...
Até a passarela devagar
Se vai abrir por ti
E toda a música que ouvires
Irá ser por existir
Sempre que digo:
Uhuuuuuu! Ah! Ah!
Tenho o Diabo no Corpo
Uhuuuuuu!
Tenho o Diabo no Corpo...
Uhuuuuuu!
Tenho o Diabo no Corpo
Uhuuuuuu!
Tenho o Diabo no Corpo
(Tenho o Diabo no Corpo!)...
Pedro Abrunhosa
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