Monday, June 25, 2007

MG - III


As opiniões dos cientistas dividem-se.
Para além das questões ambientais, os alimentos transgénicos podem originar dúvidas quanto aos riscos para a saúde humana. A tecnologia utilizada é recente, e os efeitos que os alimentos transgénicos podem causar no ser humano e no ambiente são desconhecidos.
Os cientistas levaram 45 anos para descobrir que o gás CFC era prejudicial à camada de ozono.
Em 1947, quando se iniciou a utilização de DDT na agricultura, só eram visíveis os aspectos positivos. Foram necessários 20 anos para que os malefícios à saúde humana fossem comprovados.
Como nasceu a MG?
O desenvolvimento desta técnica tem-se verificado a uma velocidade alucinante (semelhante à que observamos na Informática). Este tema ficou na ordem do dia, com a agricultura experimental - a MG pratica-se desde os anos 70. O início aconteceu com alterações implementadas nos genes de bactérias, através da MG no ADN - obteve-se uma bactéria, através de outra, com um gene resistente a um determinado antibiótico.
O processo utilizado para modificar o conteúdo genético consiste, basicamente, na inserção de genes de outras espécies; sejam elas vegetais ou microbiológicas. Os genes poderão ser retirados originalmente de formas de vida totalmente distintas. Por exemplo, um milho transgénico cuja característica implantada consiste na produção das suas próprias defesas contra insectos. Este milho poderá ter uma sequência genética alterada, através da inserção de genes de uma bactéria prejudicial para o insecto em questão.
Hoje é possível comprar, a empresas especializadas plasmídios (pequenas estruturas de ADN que são usadas como vectores - transportadores de genes), construídos com genes de 4 ou 5 organismos diferentes e mais uma peça sintetizada em Laboratório.
A primeira planta transgénica foi obtida em 1983, com a incorporação de ADN de uma bactéria. Em 1992 alcançou-se tomate, também por MG e, em 1994 já se comercializava tomate por MG, nos EUA.
"Frakenfood" é o nome que os ambientalistas deram a este tipo de comida; é uma mistura de Frankenstein e food.
Alguns cientistas consideram a MG uma conquista, para o progresso humano, e não um monstro a ser abatido.
Será?

Monday, June 18, 2007

MG - II


Não é simples nem inócuo mexer com a Natureza.
Cientistas alertam para o perigo da Manipulação Genética (MG). Os argumentos contra a MG estão relacionados com temores quanto à saúde humana, animal e ambiental - contaminação e empobrecimento da biodiversidade, poluição ambiental (contaminação de solos e lençóis de água através de agrotóxicos), extinção de espécies (eliminação de insectos e microorganismos), desenvolvimento de alergias, aumento de resistências aos antibióticos e aparecimento de novos vírus decorrentes da manipulação e recombinação de vírus.
Uma empresa dos Estados Unidos da América patenteou um gene apelidado de "exterminador". Ele é incorporado às sementes, que após serem colhidas ficam estéreis. Desta forma, o agricultor é obrigado a comprar, novamente, a semente que pretende plantar! O gene em causa, também, poderá ser levado pelo vento, juntamente com os grãos de pólen, fecundar flores e plantas silvestres ou domésticas, tornando-as, irremediavelmente estéreis! Este gene, o "exterminador", pode causar uma irrepável destruição no património da humanidade.
Outro problema gravíssimo, afirmam os anti-transgénicos, é a perda de controlo sobre estes alimentos, podendo afectar outros. Assim, podemos prejudicar outras espécies de plantas, além de animais, causando um desiquilíbrio ecológico com consequências imprevisíveis. Um exemplo, também nos Estados Unidos da América, foi a enorme mortalidade de borboletas Monarch, após serem contaminadas pelo pólen do milho geneticamente modificado, Bt. Losey. O local em que o gene é inserido pode não ser completamente controlado, o que pode causar resultados inesperados, uma vez que os genes de outras partes do organismo, podem ser afectados. No caso da soja, MG, existe o receio de que uma substância - a EPSPS -, provoque efeitos inesperados no organismo do consumidor, como alergias ou outro tipo de situações. Mesmo que o gene tenha sido preparado em laboratório para funcionar apenas nas folhas, e não nos grãos (parte comestível), não há garantias de que assim aconteça!
Novas proteínas que causam reacções alérgicas podem ser transferidas para outros alimentos e, apresentarem as mesmas reacções. Por norma, o consumidor identifica os alimentos que lhe causam alergias, mas aqui, o perigo reside no facto, de o mesmo consumidor perder o controlo e a identificação do alimento, para si, "perigoso".
Apenas com o olhar não é possível diferenciar um alimento transgénico de um natural, por isso, muitas empresas introduzem no mercado produtos GM.
Será vantajosa a MG?

Wednesday, June 13, 2007

MG - I

Manipulação Genética (MG): a compreensão dos benefícios e prejuízos, deste vasto e polémico tema, não é pacífico.
"Para saciar a fome mundial, seria necessário duplicar a actual produção de alimentos até 2025." Alguns especialistas advogam que este objectivo só é possível através da utilização de alimentos transgénicos, exibindo benefícios tanto para a saúde dos consumidores, como para a natureza, indo mais longe, apresentando vantagens, também a nível económico. Contudo, não é uma orientação consensual, assim: outros especialistas são categóricos nas suas afirmações defendendo, a inevitável, existência de malefícios para a saúde dos consumidores e para o meio-ambiente.

O conhecimento das características genéticas dos seres vivos tem permitido que certas situações, outrora irreparáveis, possam ser melhoradas e até totalmente solucionadas. Com o crescente desenvolvimento e aperfeiçoamento da tecnologia, surgiu a Engenharia Genética (EG).
A EG revolucionou a agricultura, multiplicou a capacidade de produção de alimentos, resistência a pragas, mais tempo de armazenamento sem alterar as características dos alimentos, melhorou a comercialização, tudo isto, a abaixo preço. A EG desempenha um papel cada vez mais importante nos domínios da agricultura, do sector agro-alimentar e da saúde. A produção de hormonas (insulina, hormona do crescimento,...), de vacinas, de certos factores de coagulação do sangue, a formação de espécies resistentes, são alguns exemplos.
Nos Organismos Genéticamente Manipulados (OGMs) ou Alimentos Transgénicos a estrutura genética, o ADN (ou DNA - designação em inglês -, abreviatura de Ácido Ribonucleico), foi modificado pelo homem através da EG, de modo a atribuir a esses seres uma característica não programada pela natureza. Por exemplo: a casca de determinada maçã, quando madura, é vermelha. Existem genes responsáveis por essa cor. Isolados e, transferidos para a banana, quando esta amadurecer não terá a cor amarela, mas sim vermelha. Esta banana será um OGM. Alimentos transgénicos são OGMs, possuem genes transferidos de outros organismos.
A MG de alimentos é hoje um processo irreversível!
Em 1990 não havia cultivo de soja transgénica, segundo dados do Greenpeace. Já em 1998, a área cultivada tinha superado os 28 milhões de hectares. Os primeiros alimentos transgénicos foram: soja, milho, algodão e banana. Entretanto, a banana, brócolos, café, cenoura, morango, abacaxi, tomate, abóbora, feijão, arroz e trigo são exemplos de alguns OGMs que hoje estão disponíveis.
Os OGMs são criados em Laboratório com a utilização de genes de espécies deferentes, com esta nova tecnologia, é possível, por exemplo, introduzir um gene humano num... porco. Ou, um gene de rato, de bactéria, de vírus ou de peixe em... arroz, soja, feijão, etc.
Será simples mexer com a Natureza?!

Friday, June 1, 2007

Criança


Com os braços abertos, falo de amor.
Com os olhos, abraço a alma, e
com os sentidos despertos, recebo.
Os laços de vida são imutáveis,
os sentimentos aderem em silêncio. Já,
os projectos de vida, podem renovar e inovar-se.
A vida é erguida com traços pessoais.
Quanto ao teu doce olhar, permanece.
O sorriso, esse, é contagiante e transbordante.
E o amor renova-te!
O desafio é traduzir "criança" para um sentido universal.