Sunday, October 30, 2011

Este silêncio



Gostava de te falar deste silêncio… Deste, e de tantos outros, que abraçam e aconchegam. Gostava de te falar do silêncio que agasalha em noites mais frias! Que aquece o corpo e liberta a alma. E que, chegando, ocupa o lugar vazio!

Gostava de te falar do silêncio de aromas e memórias. Do silêncio quente e doce e, daquela musicalidade que nos embala e que me toca agora…

Gostava que este silêncio chegasse a até ti como brisa morna e ameigada. Gostava que te sussurrasse o sorriso que penduro no silêncio do meu corpo.

Gostava de te dar o meu. Este que te falo, e que, não me agarrando, te sorri!


Tuesday, October 25, 2011

Há vantagens sempre!

Depois? Há mais caminho!
A vantagem do depois, é saber a certeza que há sempre mais e melhor caminho!
(e, já agora, lamber pouco as feridas e seguir...)



Saturday, October 22, 2011

Sempre perto...


Não converso uma conversa de outros tempos. Tenho memórias nas mãos, na boca e na voz. Tenho-te em palavras e em retratos que vou introduzindo suavemente no meu mundo. Não converso. Reinvento-te todos os dias!



Hoje apeteces-me...

Hoje, apetece-me parar o tempo. Parar para voltar lá, e avançar por estas linhas acima como se de caminhos se tratassem. Acelerar por estas, ou por outras palavras fora e sentir-me estrangeira. Aquela que está de fora. Aquela que fica na bordas das palavras. No rebordo das letrinhas. Aquela que te brilha...

Hoje, apetece-me viver num tempo desconhecido e escrever palavras familiares em temas com odores nobres.

Hoje, apetece-me reler-te, e sentir-te no som de outros tempos. Hoje, apetece-me escrever-te.

Sabes que mais? Hoje, apetece-me dar-te o meu lado mais precioso… Aquele que teimosamente fica sempre do lado de fora!


Monday, October 17, 2011

Será assim.

Levo-te (até) ao fim do mundo!

Ao mesmo tempo!


Quase sem pensar, ou, sem pensar de todo, estico o braço e com muito cuidado vasculho. É preciso não derrubar nada. As flores, lá de casa, estão sempre milimetricamente alinhadas - aliás como quase tudo. Com as pontas dos dedos encontro-as. Encontro-as sempre. Depois, com as chaves na mão, pouso, finalmente, o olhar naquele vaso, no vaso de sempre e deixo-o por lá. Lá dentro, guio-me apenas com o coração… Alvoraçada, preparo-me. Alinho o cabelo na expectativa de alinhar as ideias também. Procuro o ar mais familiar, as palavras mais amenas e os sons que me fizeram sorrir e sorrir, vezes sem conta! É nesse momento que me sinto a entrar, e sem dar por isso, afasto-me no tempo!

Respiro cada instante, cada recanto perdido, cada objecto e subo no tempo! Enlaço-me nos cortinados e deixo-me invadir pelo odor a lavado que me abraça! O calor da casa vai aquecendo as memorias e vivo feliz cada recordação! Depois de tanto tempo, só as memorias permanecem imutáveis, são as únicas que confirmam que regressei ao mesmo sitio. Ao mesmo tempo!