Saturday, June 18, 2011

"Gosto do meu repouso!"

“Porquê que querem prolongar a vida aos velhos e depois esquecem-nos? Não compreendo!”;

“Tenho medo de amanhã ter de obrigar alguém a tomar conta de mim!”;

”Gostava de ter juízo até ao dia da minha morte!”;

“Gosto do contacto com os jovens, gosto da capacidade que têm em serem provocadores. Gosto. Mas, alguns sãos mal criados! Alguns acham que fazem falta!";

“Tento ser observadora sem criticar.”; ”A força interior é vulcânica.”; ”Duvido das coisas fáceis.”; “O amor é magnífico.”;

“A dor faz-nos sentir mais pessoas (detesto dizer isto, mas é verdade!)!”;

“Não gosto que me olhem...”; “Gosto de ler e escrever.”; “Gosto das minhas contradições.”;

”Quando uma relação dura tantos anos passa a ser um amor sublimado. É todo e é tudo!”; “Os tempos, para os mais jovens, são muito difíceis (a propósito do amor!)!”;

“Gosto de ouvir passos... Olha já terminaram!”; “O amor é o sentimento mais difícil de interpretar!”; “Não gosto de falar mal das pessoas.”;

“Portugal não liga nenhuma à educação e à cultura...”;

“A vida é de uma voracidade tremenda!”;

“Com esta idade (a Margarida está a caminho dos 70) não se engana com tanta facilidade e não se sonha com disparates...”; “Tenho sonhos por cumprir. Escrever mais 2 ou 3 livros. Ter tempo para observar as pessoas!”;

“Gosto de figueiras porque têm uma sombra quente...”;

“É bom consumir o tempo todo até ao fim.”; “É bom entregar-me numa conversa simples...”;

“Tenho de trabalhar porque a minha reforma não chega (Margarida recebe cerca de € 370,00)!”;

“Só me zango com as pessoas de quem gosto muito.”;

“Costumo sentir as pessoas que valem a pena”.


Margarida Carpinteiro, hoje, in alta definição na SIC

Hoje e sempre!

Sinto saudades...

Homenagem a Saramago

Friday, June 17, 2011

Quanto mais tempo se atrasar...


"A vida está cheia de coisas das quais não gostamos. E o problema não é a vida ter coisas de que não gostamos, mas nós percebermos isso e aceitar que vai haver sempre coisas de que não gostamos.
Isso não quer dizer que se torne menos exigente. Pelo contrário. Eu gostaria muito que este meu texto fosse mesmo um instrumento para que se torne mais exigente. O que quero sugerir-lhe é que aproveite o menos bom, sem nunca esquecer do que é o bom. O bom, o amor, nunca irá bater-lhe à porta. Vai ter de construí-lo. Mas aproveitar o menos bom é um exercício excelente para aprender a fazer essa construção.
Pode parecer que o seu sistema moral seja muito rígido e que lhe pareça que esta proposta não é justa para a outra pessoa. Pense que a outra pessoa está a aproveitar e a aprender também. E tal como acontece consigo, quando ela tiver melhor, vai embora. É isso a aprendizagem, a que chamamos namoro. E que se vai começando e acabando sempre. Só o Amor, nunca acaba!"

Joaquim Quintino Aires in O Amor é uma Carta Fechada

Monday, June 13, 2011

Leve




Leve, leve, muito leve,
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.
E eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo.

Alberto Caeiro

Sunday, June 5, 2011

Bárbara

Para uma data memorável,
o momento foi lindíssimo!
E os amigos... todos responderam!
Todos.

Wednesday, June 1, 2011

Dia Mundial da Criança (Comemoração)

As Bolas de Sabão


As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
Pretende que elas são mais do que parecem ser.

Algumas mal se vêem no ar lúcido.
São como a brisa que passa e mal toca nas flores
E que só sabemos que passa
Porque qualquer cousa se aligeira em nós
E aceita tudo mais nitidamente.

Alberto Caeiro