Wednesday, October 21, 2009

Senhor eurodeputado, o que me diz, de se entroncar no movimento islamita?





O senhor eurodeputado não tem de se sentir ofendido com as palavras e a forma de pensar de José Saramago. E nós, com as suas palavras? E o próprio Saramago? Foi um déjavu, este episódio, na distância de duas décadas (quase!).
Além do mais, senhor eurodeputado, as suas responsabilidades no parlamento europeu – penso, atenção… penso eu (e baixinho…) –, estão, ou deveriam estar centradas numa temática diferente! Se não vejamos: onde fica a promoção da união entre os povos, senhor eurodeputado? É das suas responsabilidades? Não?! Então o que é que o senhor pediu, a um concidadão seu? A renuncia da cidadania portuguesa?! Pretende regressar ao tempo da escravidão, mas agora, intelectual? E o tempo das fogueiras? Também pretende?
É terrível constatar que, ainda, muito boa gente teima em não contestar usos e costumes. E pior, esteriliza quem o pretende fazer! Tratam-se de resistências infundadas e, no meu ponto de vista, ligeiramente apatetadas!
Para quando dar um fim aos crimes na humanidade em nome da tão estafada Bíblia!
Basta!
Vamos arrumar a inquisição no bolso, e seguir em frente. Vamos aceitar debater ideias consideradas fracturantes, sem aprioris! A liberdade que conquistámos, também é uma liberdade interpretativa, feita de expressões e debates de ideias! Só assim teremos a tão desejada democracia de ideias!



“Não vou ler o livro, que eu saiba não é obrigatório!”
Mário David, Eurodeputado social-democrata e vice-presidente do Partido Popular Europeu (PPE), eleito pelo PSD, in RTP, 21 de Outubro de 2009.

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